WASHINGTON DC, 17 de ago de 2006 às 14:25
O ódio à maternidade e à família, o medo patológico à fidelidade e a continência sexual e o desprezo dos valores cristãos são as forças atuais detrás da luta internacional contra a AIDS, segundo denuncia o ativista pro-vida ugandense, Martin Sempa, um dos propulsores do programa de abstinência e fidelidade que obteve um grande êxito em seu país na década de 80.
Sempa fez esta denunciam ao avaliar a Conferência Internacional sobre AIDS realizada em Toronto há alguns dias e que concluiu com um novo chamado a usar os preservativos como principal meio para evitar o contágio.
Conforme informa o site LifeSiteNews.com, Sempa é um dos criadores da campanha ABC (abstinência, fidelidade e como último recurso os preservativos) que conseguiu diminuir a taxa de contágio de AIDS de 30 a 6,2 por cento na Uganda.
Sempa denunciou que existe uma "dupla patologia" nas organizações internacionais que se reuniram no Canadá e trabalham para enfrentar esta epidemia: o que chama "abstinofobia", quer dizer o medo da abstinência sexual e a fidelidade; e a "matrifobia", quer dizer o medo irracional dos programas que promovem o matrimônio e a família.
Para o ativista "estas duas tendências são o último elo de uma revolução sexual que se tornou antiga no ocidente e que usa a crise da AIDS como um meio para mantê-la".
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Da cidade de Las Vegas, onde dita um ciclo de conferências, o especialista ugandense disse que não assistiu à conferência internacional que se desenvolve em Toronto, Canadá, pela hostilidade que provavelmente encontraria ali. O problema, ao final, é que os delegados em Toronto, lembra Sempa, estão evitando aquilo que poderia salvar a vida de milhões de pessoas.
Na opinião do ativista "tudo começou a degenerar" quando em 1994 se soube que um programa apoiado no controle pessoal sexual, que rejeitava o enfoque das organizações internacionais sobre o preservativo e a promiscuidade, tinha tido tanto sucesso.
Os grupos que trabalhavam com a AIDS começaram suas próprias contra-campanhas. Uganda se inundou de preservativos e pornografia a partir desse ano. E depois disso a taxa de infecção da HIV/AIDS começou a subir. "Têm medo de mencionar isso. Não querem ver outros meios para combater a doença. O problema real está diante deles, mas dizem, ‘não me diga que minha promiscuidade está errada", precisa Sempa.
Ao mesmo tempo, destaca que os programas de abstinência e de fidelidade sim estão profundamente arraigados na cultura cristã da Uganda. "As pessoas são muito cristãs em Uganda. Existe 80 por cento de aderência ao cristianismo em suas diversas formas e nossa aproximação ressoa na cultura, na saúde pública e é além disso economicamente viável", explica o ativista.
Outros quatro países africanos (Quênia, Zimbábue, Ruanda e outro mais) estão começando a implementar o programa ABC de Uganda.